Olá,
Vamos a nossa terceira aula.
Antes da nossa aula, fizemos uma visita ao Vicente de Olinda e tivemos o privilégio de conhecer o "Ave Rara" o trimarã Pernambucano que fez história na Regata Recife-Fernando de Noronha (REFENO). Em sua 22ª Edição, o Ave Rara, além de ter sido fita azul (barco mais veloz da competição), bateu o record, completando as 300 milhas náuticas em 22h54'57''.
O Ave Rara já participou de 13 edições da REFENO. Ao longo desses anos, a embarcação foi campeã em sua classe todas as vezes com exceção de 2008, que tirou o segundo lugar. A primeira vez que conquistou a fita Azul foi em 2004.
O Day Sailer a espera do Comandante Cobrinha |
Além do Ave Rara, tambem encontramos um Day Sailer a venda em boas condições. O Comandante gostou muito da embarcação.
A Aula:
Começamos as 14hs, horário combinado. Esta aula em particular, eu e o Comandante Cobrinha contamos com mais dois tripulantes, meus filhos Cecel e a Maria, que iriam ter seu primeiro contato com a vela.
O dia estava ensolarado, com ventos sul a 27km/h. Nesta aula, nosso instrutor seria o Ítalo. Saimos do Cabanga no través com nossos dois felizes tripulantes. O Jerônimo, não poderia ajudar muito pela lesão sofrida na semana anterior (esse fato merece uma postagem específica. Só posso adiantar que foi a retranca !!! Ahhh, a retranca!!!).
Bom, com isso, nem sabia o que me aguardava. O Day Sailer realmente funciona bem com 3 pessoas.
Cecel e Maria no Ave Rara!!! |
A aula consistia em contornar 3 bóias dispostas em triângulo. Da forma que foi colocada, nos obrigou a navegar nos 3 ventos e o contravento mais uma vez foi nosso desafio.
Também aprendemos uma outra manobra, o jibe, que pra mim foi muito difícil.
Entre a teoria e a prática: na semana passada, exercitamos o conceito de arribar a orçar diversas vezes. Esta aula o que não faltou foi oportunidade para isso, pois pela primeira vez realmente havia um destino certo, que era contornar as bóias. Como havia dito, o Comandante estava sem poder ajudar nas escotas e por esse motivo, tive que exercitar o Leme e a Vela grande ao mesmo tempo. Se o leme sozinho era difícil, o exercício com a vela foi quase impossivel.
Vamos lá, o que dependia de mim então: garantir o rumo e a potência do barco, que é dada principalmente pela vela grande. Uma mão no leme, a outra na escota da vela. No través, se adernasse demais, ou corrigia no leme orçando sem comprometer o alvo, ou folgava a grande. Tudo indo bem, muita tensão, mas bem e entre um bordo e outro, uma rajada e o valente Vovô adernou muito. Escutei o Ítalo: Não! Não! Orça! Orça!!! E o Vovô quase virou, enchendo d'agua. Passado o susto, continuamos a aula. O Comandante ficou mudo! Preciso treinar mais o que é orçar a arribar!
Praia em frente a Marina em Olinda |
Nessa hora, nossos 2 tripulantes (Cecel e Fefê) morreram de rir (principalmente a debochada da minha filha). No meio da aula, eles passaram para o inflável de apoio a motor e ficaram passeando na Bacia do Pina atrás de nós. Uma tristeza enorme!!!
A aula continuou e concluímos que nosso bordo está bom, mas precisamos aprimorar a passada (a retranca me acertou uma 3 vezes no mínimo. Uma delas fiquei sem minha boina da sorte.
Mesmo assim, consideramos que o saldo foi positivo.
Voltamos para o Cabanga no través e fizemos uma perfeita ancoragem. Saí acabado da aula. Apesar de cansado, foi satisfatório. Estamos evoluindo bem.
O que aprendemos:
- Que o Jibe precisa melhorar muito
- Que precisamos melhorar a passada do bordo
- Que se arribar no momento de orçar pode virar um Day Sailer!!!!
Um abraço a todos,
Zeviani
Poxa Modi, depois de 3 aulas, deu pra perceber que integrar e derivar, não e tão difícil assim... Bjs
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