Olá,
A algum tempo atrás, havia decidido que iniciaria um curso de vela. As condições são bem favoráveis, atualmente morando no Recife, contamos com o Cabanga que fica muito próximo de casa.
Depois de conversar com o instrutor, tudo certo, seriam 10 aulas, com início em 07/05.
Minha surpresa, foi ao comentar com meu grande amigo Jerônimo, ele disse: "Estou contigo nessa!"
Marcamos o horário e nos encontramos no local. Estava chovento e ventando muito*.
*Nota: possivelmente, daqui algum tempo vou me referir a velocidade dos ventos (sei-lá como) em nós. Por enquanto o termo técnico será: fraco, médio, forte e forte pra kct.
Pois bem, o instrutor, considerando as consdições do tempo, estava indo embora, mas, como bravos guerreiros, estávamos lá prontos pra nossa missão. Um pouco decepcionado, la foi ele aprontar o nosso barco.
O Barco: no início do curso, me informaram que iríamos aprender em 3 tipos de barcos e naque dia seria um Day Sailer. Lembro que antes da aula estávamos olhando os veleiros de 36, 40, 45 pés e imaginando em qual iríamos utilizar e assim, aprendemos que o Day Sailer é um exemplar de 16 pés!!!
Pensamos: começaremos com o menor e evoluiremos para o maior. Engano, o Day Sailer é o maior dos 3. Nem sei o que nos aguarda.
Olhamos aquele barquinho e nossas perguntas técnicas começaram: " é esse aí mesmo? Isso aí aguenta 3 pessoas? Esse negócio vira?
Entre um pergunta e outra o Jê soltou a pergunta mais interessante: " Ele entra água?" E a resposta foi: "Não, claro que não". Então o Jê lançou a segunda e mais certeira pergunta do dia: "Se não entra, como que aquela água entrou lá no fundo então?" Nosso instrutor respondeu que aquele dia foi exceção.
Quanto a virar, ele disse que não, mas poderia acontecer se ocorrecem erros.
Por algum motivo a partir desse momento, saber se tinha coletes passou a ser prioridade.
Vencida essa primeira etapa, começamos a velejar, saindo do Cabanga 1700mts (quase uma milha náutica!!!) na Bacia Portuária e começamos as manobras.
Foi um tal de través, proa, popa, barlavento, sotavendo, bombordo, boreste. No meio da bagunça, descobri que eu era o timoneiro e o Jê o cara da proa.
Virava 180º mudava de lado. Mudava novamente, sentava do outro lado e vendo a tal da "retranca" passar 5cm da minha testa. Numa dessas, o instrutor grita: "adernou. folga!" E???? Depois ele vira: "caça", já logo pensei, "não, só pesco!!!"
No meio disso, tudo, chuva forte e um garoto num inflável para lá e para cá, só nos acompanhando, e eu sem entender nada.
Pois bem, entre adernar, caçar, folgar, orçar, a vela da frente (a tal da buja) se solta. Segundo ele, a tal do moitão não aguentou porque o vento estava entre forte e forte pra kct.
Bom, então entendi pra quê servia o inflável. Era pra nos rebocar em caso de acidentes.
E foi isso que aconteceu. Vento contra (sabia que estava contra, porque a chuva vinha no no meu olho, e o que levamos 5 min pra percorrer a vela, levamos 20 min sendo rebocados.
E assim, acabou nossa primeira aula e a lição mais importante é: dar manutenção da embarcação e ter uma porcaria de um moitão reserva.
Um abraço e até a próxima aula.
Zeviani
Nenhum comentário:
Postar um comentário