domingo, 10 de abril de 2011

Livro - Paratii entre dois pólos

Olá,

Este eu posso dizer que foi um dos grandes livros que li na minha adolescência. Não lembro a quem o emprestei, e como acontece na maioria das vezes (só quem empresta livros, sabe  o que é isso), não devolveram.

Resolvi então fazer uma busca e para meu desepero, em algumas livrarias, o livro estava esgotado. Passando um dia pela Livraria Imperatriz no Recife, me deparei com um único exemplar. Não perdi tempo e possivelmente, esse é um dos que não empresto mais.


SINOPSE:

Amyr Klink é sempre surpreendente. Depois de cruzar a remo - travessia relatada em Cem dias entre céu e mar -, lançou-se em outro projeto assombroso: passar um ano inteiro na Antártica, dos quais seis meses imobilizado no gelo, em companhia apenas de pinguins e leões-marinhos. Para realizar esse sonho, no final de 1989 partiu no veleiro Paratii para uma viagem que iria durar 22 meses. Navegando solitário por mais de 50 mil quilômetros, alcançou não apenas o continente gelado do Sul, mas também as geleiras do pólo Norte. E trouxe na bagagem dois punhados de pedrinhas, um da Antártica e outro do Ártico: símbolos da misteriosa matéria de que são feitos os mais belos e ousados sonhos.

RESENHA DO LIVRO:

Bem-vindo a bordo. Você vai começar a fazer uma viagem inesquecível. Aliás, duas viagens. Uma, calma, saborosa, sem sobressaltos ou tédio. A outra, plena de aventuras, repleta de emoções, rumo ao desconhecido.

Ambas têm como comandante uma figura rara. Alguém capaz de navegar com rara competência pelo mundo das letras e pelos oceanos do mundo. Amyr Klink é mesmo um brasileiro notável. Como poucos sabe viver experiências incomuns, o que por si só justifica uma existência. Além disso, é também extremamente talentoso para contar sua epopéia.

A primeira viagem você faz ao saborear este Paratii: entre dois pólos. A segunda será feita dentro do barco, sem enjoar.

Quinhentos anos depois que os europeus e suas caravelas chegaram à América, um brasileiro relatra a expedição que o levou à Antártica, tendo como companhia apenas os albatrozes e os pinguins. E dormindo só 45 minutos por vez, o tempo exato de cada período de um jogo de futebol.

O navegante solitário, livre por natureza, percorreu milhas e milhas para...ficar preso. Preso pelo gelo e por opção. Solto para sonhar diante da imensidão, entre o céu e o mar, o sol e as estrelas. Treze meses absolutamente ímpares nos quais nunca um dia foi igual ao outro, no continente branco que é multicolorido, tão árido e tão vivo simultaneamente.

Amyr Klink se encontra no mar. O nosso encontro é no livro. Amyr no mar é como sereio, meio homem, meio peixe. No livro é um sábio, poeta das melhores histórias do século XX, quando o homem domou o espaço sem perder o fascínio que as ondas não param de despertar.

Icebergs, tempestades, leões-marinhos, dias longos, noites curtas, reflexões sem fim. Visitas humanas aqui e ali, mais ali do que aqui.

Cristóvão Colombo há de desculpar. Mas é inegável a vantagem de Amyr Klink. Mais que um continente, Amyr descobre a vida e não causa polêmicas. Ele é uma unanimidade como navegador e escritor." Juca Kfouri


Minhas considerações:

Muito bom. Um livro leve de se ler com muitos detalhes e ilustrações. O que achei foi que a primeira parte da viagem foi muito detalhada, sendo que a segunda parte foi muito corrido. Acredito que poderia ser um pouco mais explorada.

O próximo será do Vilfredo Schürmann.

Um abraço,

Marcelo Zeviaani

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