O azul e o negro
Em meio ao meu silêncio;
Cortante como uma adaga;
ouço vozes do além;
Que zombam do meu desespero.
Sinto o som ardente do metal;
Duro e cinza como um céu em fúria;
Vejo o vazio que me envolve;
E o desespero minha alma toca.
Nada a minha volta ampara;
Nem mesmo os anjos que me acompanham;
Luzes dão lugar as trevas;
E o calor deixa a pele em brasa.
Cães famintos me rodeiam;
Sedentos de sangue e carne;
O ar úmido e quente entorpece;
E os pulmões sofrem aos poucos.
Em meio ao trágico fim;
Minha vida passa como um filme;
Vejo tudo que realizei;
E minha alma se conforta.
Aos poucos fecho os olhos;
Relaxando todo meu corpo;
Sinto que a luta esta próxima do fim;
E minha alma livre se liberta.
E num instante de lucidez;
Lembro dos sonhos que não realizei;
Lembro dos olhos de quem deixarei;
E das paixões que poderia viver.
E do fundo do meu ser;
Sinto algo me incomodar;
Aos poucos toma forma;
E inflama todo meu corpo.
Sinto minha respiração voltar;
E o coração bater forte;
A vontade de viver ressurge;
E a semente da esperança brota.
E em instantes o pesadelo virou sonho;
E ao acordar afirmo a mim mesmo;
Que não ha desespero que resista a esperança;
E que viver e uma questão de escolha...
Marcelo Zeviani - 03/05/2012
Lindo filho te amo sua mãe!!!!!
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